quinta-feira, 2 de junho de 2011

MAPEAMENTO

Há de haver algum tesouro em qualquer esquina. Não acredito em locais completamente negativos. Mas pensando em definir o que é um tesouro, um achado, algo bom. Penso de forma inversa: talvez nós possamos ser o tesouro de cada esquina, nossa presença, nosso transe e passagem por elas. As esquinas estão aí e somos nós que as ativamos, que passamos por elas.
Nossos trajetos, rotas para se chegar a lugares. Sabemos que a distancia mais curta entre dois pontos é uma linha resta. A cidade não possui teleféricos suficientes para este ganho. Fazemos curvas, viramos esquinas e nos esquecemos delas pensando somente no ponto final. Muito foco no resultado e não no processo. Falha nossa.
Recordo-me da época em que pensava somente nos pontos finais ignorando o caminho para eles. E, ironicamente, no fim, eu só tinha a exaustão. Cansado e machucado por todo um caminho que não prestei a atenção devida. Aquilo tinha sido a coisa. Este local final nada mais é do que uma conseqüência. Assim, qual foi o ato?
A professora saiu da sala, roubei vários giz de lousa. Mapeei todas as esquinas que agüentei em um passeio. Cansaço relevante agora.

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